São Paulo, 20-09-2011 - A Mocidade Unida de Jacarepaguá, escola que desfila pelo Grupo D do Carnaval Carioca, decidiu destinar um banheiro exclusivo para o público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros). Segundo a direção da escola, a medida foi adotada em atendimento a pedido de homossexuais da comunidade. A informação foi divulgada em reportagem do Estadão.
Cercada de polêmica - há os que aprovam e há os que rejeitam a idéia, porque estaria ampliando a discriminação - a medida foi comemorada pelo presidente Roberto Valeriano dos Santos, o Beto, como uma das realizaçoes do seu mandato, iniciado em maio último. Segundo ele, o pedido partiu de travestis da comunidade: "Diziam que, se entrassem no banheiro feminino, as mulheres faziam um escândalo. No masculino, eram xingados, ameaçados de agressão", disse ele ao Estadão.
O Estadão ouviu o coordenador do Núcleo de direitos Humanos e Cidadania LGBT da Universidade Federal de Minas, Marco Aurélio Prado. Para ele, criar um banheiro GLS não chega a ser um caso sério de segregação, mas também não ajuda a superar os preconceitos.
Ainda segundo a reportagem, a Unidos da Tijuca, vice-campeã do Grupo Especial em 2011, foi pioneira nessa abordagem por ter criado banheiro GLS, e também provocou polêmica.