São Paulo, 09 de dezembro - Depois que a Prefeitura do Rio cortou R$ 5 milhões da verba que oferecia ao Carnaval, as escolas de samba do Grupo Especial carioca partiram em busca de outras fontes de arrecadação. Na semana passada, presidentes das 14 agremiações se reuniram com representantes da Alerj, para discutir uma forma de o governo do estado ajudá-las na captação de recursos. A idéia é que as empresas recebam um incentivo fiscal, através da isenção do ICMS para patrocinar as escolas. "Devemos conseguir captar R$ 10 milhões para o Carnaval. E as empresas ainda vão ganhar com publicidade", afirmou o deputado estadual Noel de Carvalho, presidente da Comissão. Mas o principal adversário das escolas é o tempo. A correria é grande para viabilizar o projeto para o Carnaval 2006. A Comissão Permanente de Cultura da Alerj elaborou uma indicação legislativa que já foi encaminhada à governadora Rosinha Matheus. Após o aval da governadora, a indicação é encaminhada à Assembléia Legislativa em forma de Mensagem. A seguir, o texto ainda será analisado pelas Comissões de Justiça, Controle, Cultura e Orçamento, antes de ser levado à votação no plenário. O projeto está sendo acompanhado de perto pelo secretário de Esporte e Lazer do Estado do Rio, Francisco de Carvalho e pelo chefe de gabinete da Secretaria de Controle e Gestão do Estado, Luiz Carlos Magalhães. Apesar de apoiar a iniciativa, o presidente da Liesa, Capitão Aílton Guimarães Jorge, descarta qualquer possibilidade de alterar o regimento interno da entidade para ampliar a publicidade no Carnaval e atrair patrocínio de mais empresas. "O Carnaval não vai se poluir. É um espetáculo cultural e não um desfile de marketing", afirmou. (O Dia)