São Paulo, 23 de outubro - Com o término das finais de samba-enredo do Grupo Especial, as escolas preparam alterações nas letras e melodias das suas composições para o Carnaval 2008. Entre trocas de verso, refrão ou da melodia, os compositores ficam divididos sobre essas mudanças. Segundo André Diniz, vencedor na Vila Isabel, onde aconteceu fusão das obras de duas parcerias, o ideal seria uma mudança ainda no início do concurso de samba. "Não gosto de mudanças depois do resultado. Acho favorável, a escola chamar todas parcerias no início e autorizar mudanças, mas após o término da disputa não é legal, porque mostra que qualquer composição pode ganhar", disse o compositor que está tranqüilo com o samba da Vila. "Está com uma cara diferente. A escola acertou o samba". Diretor de Carnaval da Vila Isabel, Ricardo Fernandes, defende liberdade da escola para alterar o samba, após o resultado final. "Samba-enredo é uma obra encomendada e quando necessário não vejo problema em mexer para melhorar". Marquinho Marino, tricampeão na Mocidade, defende a postura das escolas. "A escola tem total liberdade para alterar o samba, ela decide o que é melhor. O compositor não pode ter vaidade". Para 2008, a Mangueira, Viradouro e Mocidade anunciaram que seus sambas sofreram alterações nas letras, após os resultados das finais.