•       quinta, 21 de novembro de 2024
02/10/2013

Estácio já tem samba

Escola definiu o samba, que levará ao Sambódromo em 2014

São Paulo, 02 de Outubro de 2013 - A Estácio de Sá realizou no último sábado (28/09), a final do concurso, que definiu o samba enredo para o carnaval 2014. Os compositores campeões são compositores China do Estácio, Thiago Daniel, Jorge Lopa, Guto Smuk, Filipe Medrado, Renato Pinto, Eduardo Moreira e Ricardo Basile.

Cerca de quatro mil pessoas prestigiaram a festa, que contou com a roda de samba do Grupo Medalha de Ouro e show das baianas com o autêntico rodopio, da Velha Guarda, passistas e casais de mestre-sala e porta-bandeira ao som da bateria Medalha de Ouro, regida por Mestre Chuvisco, acompanhado do intérprete Leandro Santos, que relembrou célebres sambas de quadra, de terreiro e sambas de enredo da Estácio.

As parcerias concorrentes iniciaram a disputa por volta das 2h da madrugada de domingo, cada grupo teve 30 minutos para apresentação, sendo em determinado momento, duas passadas dos sambas somente os torcedores cantavam.

O presidente Leziário Nascimento subiu ao palco, parabenizou e agradeceu todos os participantes do concurso, em seguida o intérprete oficial Leandro Santos cantou o refrão da composição feita por China do Estácio e parceiros, explodindo de alegria os corações estacianos, A euforia foi geral e o samba ganhou as ruas, invadindo a Avenida Salvador de Sá, transformando o Estácio numa grande passarela do samba.

A Estácio mostrará o enredo “Um Rio à beira mar: Ventos do passado em direção ao futuro”, que está sendo desenvolvido pelo carnavalesco Jack Vasconcelos.

Confira a letra

Ah, a cada história que essa brisa conta
Busquei no fundo dos meus sentimentos
Tesouros mergulhados na memória
Marejando em ondas, cruza a guanabara
Vem aportar em nosso chão
Comércio se instalou, o negro aqui chegou

Com fé venceu a escravidão
Desembarcou a família real
São novos ares, jardim tropical
E a semente do samba
Ressoa na pedra do sa

Firma a gira no batuque, Babalorixá
Incorpora a negritude no terreiro de Alabá

O vento a soprar
Entre becos e vielas, favela!
Meu povo mais perto do céu
Livre da chibata, orgulho da raça
Afirmando o seu papel

E bota-abaixo, vai levantar poeira
É de pereira, “passos” da criação
E bota-abaixo, já levantou poeira
“Bem no Compasso” e na garra do meu leão

Cai a noite, a boemia namora o luar
Nos braços da vida, se entrega ao prazer
“É terna” Praça Mauá!

O vento soprou no mar
Trazendo esperança... Estácio de Sá!
Berço do Samba em poesia
Que maravilha é um porto de alegria