13/02/2014

Gueri-Gueri desfila após 10 anos

O Bloco, que estava sem desfilar desde 2003, terá espaço vip e camiseta, proibido pela Prefeitura

São Paulo, 13 de Fevereiro de 2014 - Apesar de a prefeitura de São Paulo ter proibido por decreto, no dia 6 de fevereiro de 2014, cordões de isolamento e venda de abadás, o bloco criado pelo empresário Roberto Suplicy e organizado neste ano pela sua filha, a publicitária Fernanda Suplicy, vende a R$ 120 camisetas que dão direito a entrar em um lugar isolado que terá feijoada e chope.

O Gueri-Gueri vai sair no sábado (22/02) a partir das 14h, do Monumento às Bandeiras, no Parque do Ibirapuera. Os ensaios são realizados nos fins de semana na casa de samba Traço de União, em Pinheiros, na zona oeste.

Sobre a criação de um espaço vip, a organização argumenta que "não haverá cordão de isolamento no bloco ou abadá, apenas uma área reservada na concentração, que é para convidados que tem a camiseta, o que já é uma tradição da banda desde sempre", segundo reportagem de Diego Zanchetta, publicada no Estado de S. Paulo.

Os organizadores argumentam que a lei do dia 6 foi publicada seis meses após o bloco decidir sua volta. Para justificar a venda das camisetas, o bloco cita ter sido o responsável pelo início do carnaval de rua, em São Paulo.

"Como o decreto saiu no dia 6 de fevereiro e a organização já estava trabalhando no evento desde agosto de 2013, o Gueri-Gueri está dentro dos procedimentos de alvará do evento (regras vigentes até então), comunicando todos os órgãos competentes e trabalhando com todas as autorizações formais necessárias para que tudo ocorra dentro da lei", informou a assessoria de imprensa do bloco.

Uma comissão formada logo após o decreto do dia 6 vai reavaliar as licenças de eventos obtidas por cordões que vão desfilar no carnaval de rua. Se for verificado que o Gueri-Gueri não cumpre as regras do decreto que proibiu espaço vip e venda de abadas, o bloco poderá ser vetado, segundo a Prefeitura.