São Paulo, 21 de junho - Em reportagem veiculada na noite de quarta-feira (20/06), o "Jornal da Globo" mostrou o avanço dos instrumentos musicais brasileiros no mercado externo. Segundo a reportagem, uma indústria de São Paulo produz 25 mil instrumentos de sopro por ano, dos quais 30% são destinados para exportação. Também nesse mercado, os chineses assombram os empresários. O avanço das exportações chinesas tornou-se um competidor pesado no mercado. Segundo os dirigentes de empresas ouvidos pela reportagem, o crescimento das exportações poderia ter sido maior, não fossem os chineses. "Desde 2002, a China começou a inundar o mercado internacional com produtos de baixo custo. Para competir, a fábrica brasileira aumentou os preços. Isso mesmo: investiu em qualidade, e hoje vende instrumentos melhores e mais caros", informou o "Jornal da Globo", em reportagem de César Menezes. Em 2006, de cada quatro instrumentos produzidos no Brasil um foi para o exterior. O faturamento das exportações foi de US$ 20 milhões. Nos primeiros cinco meses deste ano, os contratos fechados já superaram esse valor, apesar do câmbio desfavorável às exportações. Os empresários criaram um selo "made in Brazil" para identificar o produto nacional, o que ajuda a vender principalmente instrumentos de percussão. Segundo o "Jornal da Globo", depois da primeira feira, em 2004, uma fábrica de pandeiros exportou 3% da produção; no ano seguinte, 8%; em 2006, 15%, e, até dezembro, espera embarcar 25% da produção. O último contrato foi um container de pandeiros e tambores para escolas de samba da Inglaterra.