18/04/2007
Jurados se revoltam e rebaixadas se animam
A possibilidade do resultado do Grupo Especial carioca ter sido manipulado trouxe alento para as duas rebaixadas deste ano. Estácio de Sá e Império Serrano, que não quiseram lançar suspeitas contra a Liesa, mas aguardam o resultado das investigações na esperança de retornar à elite do samba. Já os jurados ficaram revoltados com a afirmação.
O presidente do Império, Humberto Soares Carneiro, vai aguardar o fim das investigações para decidir que medida tomará. O mesmo pensa o diretor de Carnaval da Estácio, Marcos Aurélio Fernandes: "Se for anulado o resultado, a escola também não vai ficar triste. Mas a Estácio torce para que eles consigam resolver esse problema deles e que a paz no mundo do samba do Rio volte a imperar".
O presidente da Portela, Nilo Figueiredo, disse que a polícia ainda precisa apresentar provas. Segundo ele, neste caso, o plenário da Liesa trataria logo do assunto.
Para os jurados, a declaração do delegado foi ferina. Julinho Teixeira, que julgou bateria, disse que foi pago um cachê de R$ 900,00 por noite de desfile, e que o pagamento foi feito 30 dias depois em conta corrente. "Estou passando muita dificuldade", declarou, garantindo que a seleção do júri foi estritamente profissional.
Vários julgadores afirmaram ao jornal "O Dia" que só tiveram contato com Júlio Guimarães - coordenador de jurados da Liesa em reuniões de treino, acompanhadas pela imprensa.