- quinta, 21 de novembro de 2024
São Paulo, 23 de Maio de 2013 - A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo continua dividida ao meio e à procura de uma solução para superar o impasse e evitar a paralisia de suas atividades. Até que se encontre a melhor opção as decisões estão sendo tomadas em conjunto, por maioria entre os presidentes, o que equivale a dizer por consenso, já que cada lado teve exatamente 11 dos 22 votos na eleição para a diretoria.
Uma das idéias que está sendo considerada é a de a Liga contratar um executivo para gerenciar a entidade, enquanto que as decisões políticas, artísticas e técnicas continuariam sob a direção do colegiado de presidentes, assessorado por comissões temáticas para cada setor de atividade da LigaSP. Afinal de contas, o Carnaval paulistano é um negócio que movimenta mais de R$ 50 milhões por ano. Tem a estrutura do grande evento, para o público na avenida (e turistas nacionais e estrangeiros), para telespectadores. Envolve milhares de pessoas nas próprias escolas (as grandes agremiações do Grupo Especial têm de desfilar com no mínimo 2 mil pessoas).
Se for adotada a solução do executivo de fora do mundo do samba, terá de ser um gestor capaz de manter a agenda em andamento, os pagamentos em dia, o expediente funcionando em bom ritmo. A idéia é que, nesse caso, os dirigentes talvez possam dedicar-se a questões políticas, artísticas e técnicas. Entre elas negociar direitos de transmissão, criar novos atrativos para o Carnaval paulistano, cuidar de uma inserção internacional das agremiações locais. Há ainda que se ter a garantia da qualidade do som, a difícil e sempre polêmica escolha dos jurados, a regulamentação dos desfiles, a gravação de CD/DVDs e sua comercialização. Garantir a inauguração da Fábrica do Samba. Enfim, há muito trabalho para todos. Sem falar da qualidade do que realmente interessa e atrai o público e faz do Carnaval a maior festa brasileira: enredos criativos, sambas empolgantes, desfiles deslumbrantes, samba no pé e no gogó.