- segunda, 25 de novembro de 2024
“Mario Lago – o homem do século XX” não foi apenas o enredo da Mancha Verde, terceira escola a entrar na passarela. O advogado, ator e compositor carioca baixou na pista do Sambódromo do Anhembi lá pelas duas da madrugada, magistralmente encarnado no componente central da comissão de frente, que de uma sisuda estátua viva de Mario Lago transformou-se em lépido passista, e dos bons.
Seguia-o um carro alegórico gigante de 15m de altura e 30m de comprimento, que contou a imigração dos pais do homenageado, vindos da Itália.
Amélia, Aurora, criações imortais do compositor, juntaram-se a personagens de novela, como a de O Padre e a Moça, e a eventos e figuras da noite carioca, entre eles Madame Satã, Bola Preta, o Café Nice. A Mancha usou e abusou do verde em seu exercício de superação, que fez do enredo, do seu samba e da evolução, na cadência da bateria, um desfile de respeito.
O que fez o presidente da agremiação, Paulo Rogério de Aquino – Serdan, orgulhoso das suas 29 alas e 3.500 componentes, avaliar: “Um cara sensacional, um dos maiores nomes brasileiros, que fez uma descoberta atrás da outra”.
Após chegar na quarta posição em 2012, a Mancha veio com toda alegria em busca do título neste ano. Paulinho Serdan falou sobre a sua sensação antes de entrar na pista: “Sentimento indescritível ver todo mundo alegre e todos os carros prontos para desfilar”.
Nino Prata, com informações da SPTuris