- domingo, 24 de novembro de 2024
São Paulo, 1º de Março de 2014 - A chuva, que todos esperavam e até pediram no mês de janeiro e fevereiro resolveu aparecer na madrugada deste sábado, na primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo com direito a granizo e tudo.
Apesar de muita chuva, nenhuma das escolas deixou que suas apresentações no Sambódromo fossem prejudicadas e menos animadas.
A Leandro de Itaquera abriu a noite e pegou a chuva já na metade do desfile, a Rosas de Ouro, segunda a entrar na Passarela foi premiada pela chuva, na concentração, já no desfile, a chuva deu uma trégua. Quando parecia, que tudo ficaria seco veio um novo temporal, agora em cima da X-9 Paulistana, terceira a desfilar. Dragões da Real, Tucuruvi e Vai-Vai passaram com pista molhada, com a chuva, que ia e voltava.
A Leandro de Itaquera, que retornou ao grupo de elite após três anos, abriu a noite com samba e futebol, apesar da chuva passou bem, entre os destaques, Vivi Brilho e Andressa Urach a frente da bateria de mestre Pelezinho, carro em homenagem ao Itaquerão e comissão de frente com “jogadores” fazendo gols e comemorando. A Leandro homenageou astros do passado e do presente.
A Rosas de Ouro levou ao Sambódromo, o enredo "Inesquecível" do carnavalesco Jorge Freitas, abordando o ciclo da vida e exaltando personagens marcantes da história recente. Entre as passagens das diversas fases da vida (infância, adolescência, maturidade e “melhor idade”). Ayrton Senna, Dercy Gonçalves, Chacrinha e Charles Chaplin foram lembrados no desfile. Michael Jackson, Elvis Presley e até Zé do Caixão sambaram na Avenida, no último carro, artistas marcaram presença, entre eles os cantores Sérgio Reis e Wanderley Cardoso, Leci Brandão e o grupo Demônios da Garoa.
A X-9 Paulistana, terceira escola a entrar no Sambódromo paulistano apostou no enredo "Insano" para falar da loucura, dos mistérios da mente humana e de gênios apontados como loucos de todos os tempos. Debaixo de forte chuva, a escola da Zona Norte cantou forte e animou o público. O desfile teve homenagens a personagens da literatura como o Chapeleiro Maluco, de Alice no País das Maravilhas, e Dom Quixote de la Mancha, da obra-prima do espanhol Miguel de Cervantes, além de personalidades da história, entre eles Joana D'Arc, Nero, Maria, a Louc e Napoleão Bonaparte. De volta a X-9, Mestre Adamastor comandou a bateria.
A Dragões da Real defendeu o enredo "Um museu de grandes novidades", sobre ícones dos anos 80 e final dos 70. A carnavalesca Rosa Magalhães dividiu o desfile em invenções, música, brinquedos, televisão e cinema. A Dragões trouxe a bateria inspirada no desenho "Corrida Maluca" e carro enfeitado por esculturas dos integrantes do Kiss, com 15 metros de altura. A ex-BBB Cacau sambou de mulher gato.
A Acadêmicos do Tucuruvi apresentou o tema "Uma fantástica viagem pela imaginação infantil" com uma crítica social aos perigos que as crianças enfrentam atualmente. Dividido em cinco setores, o desfile da Tucuruvi abordou os mundos infantis da imaginação, o virtual, o das guloseimas, o dos medos e o do saber. Os temas foram apresentados com alegorias caprichadas e o predomínio das cores preenchendo a avenida. A atuação da bateria, agora sob a direção de Mestre Augusto e na companhia da rainha Nadege Delduque, rendeu elogios do público.
A Vai-Vai foi a penúltima escola a entrar na avenida. Com tema em homenagem aos 50 anos da cidade de Paulínia (SP), o carnavalesco Chico Spinosa trouxe gigantescos e ousados carros alegóricos, como o de uma marionete de mais de dez metros, manipulada por cerca de 20 artistas. O carnavalesco abordou diversos temas como: cinema, indústrias, petróleo, poluição, bocha e até cultura grega. A escola mais uma vez contagiou as arquibancadas e deixou o Sambódromo bastante aplaudida.
A Tom Maior fechou o primeiro dia de desfile com o enredo sobre a cidade de Foz do Iguaçu, a escola entrou na Avenida, já na manhã deste sábado e teve um início conturbado e um final emocionante: uma falha no carro abre-alas o deixou enguiçado antes da entrada na avenida, atrasando a escola em alguns minutos.
Um segundo carro também apresentou problemas e precisou ser manobrado diversas vezes antes de entrar nos eixos. Com cores vibrantes que contrastavam com o céu já claro, a escola completou sua apresentação em 62 minutos, três a menos do permitido.