São Paulo, 11 de Janeiro de 2010 - A Prefeitura de São Paulo, a São Paulo Turismo e o Complexo Educacional FMU lançaram o projeto Carnaval Paulistano – Só Não Vê Quem Não Quer, que visa mais acessibilidade para pessoas com deficiência visual durante a Folia de Momo. O anúncio aconteceu nesta terça-feira (11/01), em coletiva realizada na FMU - Campus Liberdade, que contou com as presenças do presidente da São Paulo Turismo, Caio Luiz de Carvalho; presidente da FMU, Edevaldo Alves da Silva; prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab; e reitora da FMU, Labibi Elias.
O projeto levará 45 pessoas cegas e com baixa visão para acompanhar de perto os ensaios, a concentração e os desfiles de três tradicionais escolas de samba de São Paulo. O grupo será levado às quadras das agremiações, em dias de ensaios, quando poderão tocar nos instrumentos e entender como são e como funcionam. A atividade será realizada nos dias 23 de janeiro na Mocidade Alegre, 30 de janeiro na Rosas de Ouro e 02 de fevereiro na Camisa Verde e Branco.
Uma semana antes dos desfiles, os deficientes irão ao Sambódromo para participar da concentração. No local estarão expostos maquetes dos carros alegóricos e miniaturas das fantasias confeccionadas por alunos de Arquitetura e Moda do Complexo Educacional FMU.
Durante os desfiles, o grupo ficará em um camarote com recursos próprios para os convidados do projeto acompanhem as escolas. Previamente, um CD de áudio-descrição será entregue a cada participante com explicações de cada detalhe do evento. Os 45 contemplados estarão acompanhados por um responsável com visão normal. O transporte para todas as atividades será oferecido gratuitamente pela São Paulo Turismo.
As inscrições para os interessados estão abertas até dia 14 de janeiro. O sorteio será realizado pela parceira do projeto a Fundação Dorina Nowill para Cegos
Segundo Caio Luiz de Carvalho, presidente da São Paulo Turismo, há alguns anos estão sendo feitas modificações no Sambódromo para receber melhor os cadeirantes, descontos nos ingressos do evento para pessoas com deficiência e apoio de transporte do Atende, da Prefeitura. “Queremos melhorar sempre”, conclui Caio.