São Paulo, 18 de Julho de 2008 - Está marcada para as 16 horas desta sexta-feira (18/07), na sede da São Paulo Turismo S.A., SPTuris, no Parque Anhembi, reunião decisiva sobre o desfile do Carnaval paulistano em 2009. As duas agremiações, Liga e Super Liga reúnem-se com os dirigentes da SPTuris na tentativa de encontrarem uma solução para o impasse que surgiu com o racha havido na estrutura de comando do samba paulistano, dividido entre duas entidades (Liga e Super Liga) que têm como associadas escolas de samba do Grupo Especial e do Grupo de Acesso ao Grupo Especial. À reunião também poderá comparecer representante da UESP, à qual estão associadas as escolas dos grupos I, II, III, Blocos Especiais, Blocos I e Grupo de Acesso às Escolas. Segundo dirigentes das duas Ligas a reunião de hoje será decisiva. A expectativa é que dela surja a solução que viabilize o sorteio dos desfiles. A possibilidade de haver apenas um desfile não está descartada. Nesse caso, a Super Liga obteria o controle da infra-estrutura dos desfiles da segunda e da terça-feira, em acordo de parceria que estaria sendo negociado com a UESP. Na Liga, a expectativa é de agora "há um início de acordo". Caminha-se, segundo o presidente da entidade e da Águia de Ouro, Sidney Carrioulo, para um consenso entre as duas partes. "Está havendo uma aproximação, os diálogos estão fluindo e a fase do nervosismo está superada", disse ele. Ele acredita que na próxima semana um acordo poderá ser anunciado. Na Super Liga, há um ambiente propício a acordo, desde que a entidade seja respeitada. Um desfile único não está descartado por Edmar Thobias, presidente da entidade e da Vai-Vai. A Super Liga, entretanto, quer participação ativa e igualitária nas definições que dizem respeito ao controle da infra-estrutura do Sambódromo paulistano, incluindo transmissões pela televisão, estacionamentos, licitações de fornecedores de refeições. A direção da UESP aguarda os sinais para que possa escolher o melhor acordo. Não descarta a possibilidade de participar de um "trabalho conjunto", mas mantém-se à distância das articulações. No meio da movimentação de bastidores surgiram dados sobre o passivo das entidades. A Liga, por exemplo, tem conhecimento de uma dívida de R$ 25 milhões de Imposto Sobre Serviço, ISS, que está sendo contestada na Justiça pelo seu Departamento Jurídico. "Como é possível haver dívida de R$ 25 milhões só de ISS?, pergunta Carrioulo. Para ele, essa pendência, que se acumula desde os meados dos anos 90, é um erro de administrações passadas que admitiram a dívida para poder parcelá-la e ela só cresceu. "O erro foi admitir a dívida, ela não existe e o Departamento Jurídico vai provar isso", disse ele.