- sexta, 22 de novembro de 2024
Não fosse a série de problemas, a Unidos da Tijuca bem que poderia emplacar um bicampeonato. Feito que nem o deus Thor – com todo o efeito especial no primeiro carro alegórico – foi capaz de concretizar.
O personagem mitológico foi o fio condutor do enredo “Desceu num raio, é trovoada! O deus Thor pede passagem pra mostrar nessa viagem a Alemanha encantada”.
O carnavalesco Paulo Barros não é de desenvolver enredos de forma convencional, e não foi diferente com a história da Alemanha. Mas não há quem resista a avarias em carros, antes mesmo da abertura do desfile, a desmaios de integrantes de alegorias e, mesmo, de um componente da Velha Guarda.
Todo o esforço de técnicos da escola, para suprir os estragos, foi reconhecido pelo público, que aplaudia cada situação resolvida como se fosse a ginga de passistas ou a elegância da porta-bandeira. O carro da floresta encantada foi um dos que mais sofreu com os imprevistos.
Alas criativas e empolgantes, a evolução precisa de mestre-sala e porta-bandeira, um gigantesco toboágua e a graça da madrinha da bateria, Juliana Alves, celebraram o reino de Odin, num dos carros, de maneira digna de muita comemoração, regada a gigantescas tulipas de chope do último carro.