Composição de bambas e coreografia de grife colocam escola entre as favoritas

Noel deve estar feliz da vida. Não bastasse o samba-enredo, assinado por um quinteto de bambas (Martinho da Vila, Arlindo Cruz, André Diniz, Tunico da Vila e Leonel), e a coreografia com a marca Carlinhos de Jesus, a rainha da bateria Sabrina Sato foi das que mais causou tumulto na avenida, e com conteúdo: "Acho esse enredo muito importante, o trabalhador do campo é a alma do Brasil. Isso representa a dignidade do brasileiro", disse.

O componente social do enredo “A Vila canta o Brasil celeiro do mundo – água no feijão que chegou mais um...” se estendeu à decisão da escola de doar todas as fantasias à comunidade. O que, de quebra, ajuda a garantir a harmonia.

Tarefa que deve ser facilitada pelo alto gabarito da carnavalesca Rosa Magalhães. Na sua leitura, o enredo e o respectivo samba, considerado um dos melhores do ano, foram enriquecidos por carros, como o dos girassóis, e a portentosa alegoria com animais, entre eles grilos e um tatu gigante.

O que dizer, então, das alas, que primam pelo bom gosto, como a das baianas em coloridas joaninhas, a das vaquinhas e a das centopeias.