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12/06/2007

Liesa fala da CPI

São Paulo, 12 de junho - O novo presidente da Liga, Jorge Castanheira, deverá depor nesta quarta à CPI, mas nega que tenha havido favorecimento ou irregularidades. Acha que a CPI poderá esclarecer várias dúvidas que surgiram no vendaval de denúncias sobre o Carnaval. O assunto voltou à tona no último domingo, quando o jornal o Globo publicou extensa reportagem sobre as possibilidades de ter ocorrido irregularidades no resultado do Carnaval de 2007. A reportagem cita fonte da Polícia Federal para descrever pressões sobre jurados para fabricar resultados. Ao mesmo tempo, os vereadores da CPI do Carnaval, da Câmara do Rio, resolveram ouvir os 40 jurados escalados para julgar os desfiles deste ano, sob a alegação de que alguns deles queixaram-se de pressões e até de ameaças. Na segunda-feira à noite, a Liesa decidiu pronunciar-se oficialmente sobre o assunto, marcando a coletiva para esta quarta-feira (13/06), na sede da entidade, no Centro do Rio. Em recente entrevista à imprensa, que o jornal "O Dia" publicou no seu endereço eletrônico praticamente na íntegra, o presidente da Liesa defendeu a forma de julgamento, disse que é preciso apresentarem provas e argumentou que o Carnaval do Rio é um dos produtos de exportação do Brasil, fonte de recursos do turismo e que precisa ser preservado. A vereadora Teresa Bergher (DEM), presidente da CPI do Carnaval, disse que pretende ouvir os 40 jurados. Para as interpelações ela espera ter em mãos o relatório da Polícia Federal com novas informações. Segundo a vereadora, a decisão de convocar os jurados se sustenta no noticiário da mídia. "Agora, nós temos que investigar porque essas denúncias colocam em xeque o carnaval", disse ela. A vereadora defende a adoção de novos critérios para a seleção dos jurados, transferindo o poder da Liesa para a secretaria de Cultura do Rio. O prefeito do Rio, Cezar Maia, que também tem sido mencionado no noticiário, defende a manutenção da seleção em poder da Liesa: "Quem tem essa responsabilidade é a Liesa", disse ele ao jornal "O Dia".