São Paulo, 30 de maio - Sempre renegado por intelectuais e músicos eruditos, o samba está ganhando novo status e está conquistando todas as classes da sociedade brasileira. Uma apresentação de Beth Carvalho no Theatro Municipal do Rio,"apresentou" o ritmo no novo cenário. Agora, a música clássica aproxima-se do samba para levar aos ritmistas da escola de samba Mangueira as noções básicas do que é exigido para a participação em um concerto, acompanhamento da pauta e da regência. Por intermédio do presidente e mestre da bateria da Mangueira, Ivo Meirelles, alguns diretores e integrantes da "orquestra" da Verde e Rosa começaram na sexta-feira uma espécie de suporte com Isaac Karabtchevsky, maestro da Orquestra Petrobrás Sinfônica, para não fazer feio no Carnaval 2008. No projeto, os ritmistas-alunos vão ter uma verdadeira aula de como pode dar certo a mistura do samba com a música clássica. No primeiro encontro, na quadra da Mangueira, o maestro levou um quadro e descreveu noções de música pelo uso das notas musicais. Inicialmente, os ritmistas terão o suporte do maestro e em encontros futuros vão interagir com os próprios músicos da orquestra. Em 2006, ritmistas da Unidos da Tijuca já tiveram oportunidade de dividir o palco com integrantes da Orquestra Petrobrás Sinfônica. Naquele ano, a escola tinha o enredo sobre Mozart e em uma viagem para Brasília, aconteceu o encontro clássico e samba. Dessa vez, Isaac Karabtchevsky amplia a ação da orquestra Petrobrás Sinfônica com as aulas aos ritmistas da Mangueira.