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29/03/2007

Presidente da Imperatriz promete mudanças

São Paulo, 29 de março - O presidente da Imperatriz Leopoldinense, Luiz Pacheco Drummond, criticou duramente os responsáveis por alguns segmentos da escola e deixou no ar a certeza de mudanças após receber as justificativas na última quarta-feira. "Sei que erramos. Vi muitos problemas na hora do desfile, principalmente na harmonia". disse Drummond. Segundo ele, o segmento certamente terá mudanças de comando para 2008. Sobre a saída de Mestre Jorjão, o dirigente explicou que preferiu dispensar o diretor para que a bateria pudesse buscar uma nova "filosofia". Sobre uma possível contratação de Mestre Átila, o presidente revela: "Átila é um excelente nome e comanda uma grande bateria. Tenho interesse nele, mas ainda não tratei nada". Drummond declarou ainda ter ficado chateado com a postura do diretor de carnaval, Wágner Araújo, durante o desfile. "Esse ano, eu fui enganado. Ele (Wágner) disse que não ia ser diretor da Rocinha, mas acabou sendo. Não há como fritar dois ovos em duas frigideiras diferentes", comparou. Procurado para responder as críticas sobre seu desempenho, Wágner Araújo disse que não trabalhou como diretor de carnaval na Rocinha e sim como consultor. Há 19 anos na escola de Ramos, Wágner Araújo comentou que nunca esteve ameaçado e que sua amizade com o patrono é enorme. "Ouvi boatos de que eu estaria fora da Imperatriz, mas isso não tirou meu sono. Há muitos aproveitadores no samba. Quem decide tudo é o Luizinho", disse. Sobre os problemas da escola, o diretor usou uma única razão para causa dos problemas. "A Imperatriz perdeu o seu "chão". Não temos mais uma comunidade forte e chegamos ao ponto de sermos a escola com o maior número de alas comerciais. Nossa quadra fica no meio de uma guerra entre favelas, o que afasta as pessoas. Temos um problema gigantesco que deixou de ser do carnaval e se tornou social", confessou. (O Dia)