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26/07/2006

Rondônia banca Carnaval de Empresa particular

São Paulo, 14 de julho - A um preço muito alto, começa hoje e vai até domingo, 16, o carnaval baiano instalado em Rondônia há 10 anos denominado "Porto alegria". As atrações do bloco "Maria Fumaça" para os quatro dias folia são: Araketu, Babado Novo, Chiclete com Banana e bloco Eva. Segundo os organizadores do evento, são esperadas cerca de 400 mil pessoas para os dias de carnaval fora de época. Cerca de 8 mil dentro das cordas e 392 mil fora delas. O preço do "abadá", vestimenta exigida para que o folião possa brincar o carnaval, está em torno de R$ 400 reais. Mas, não tem mais para vender. O negócio ainda pode ser feito no mercado paralelo que varia de preço dependendo da demanda e claro, a lei do mercado. Se a procura aumentar, o preço vai junto. Mas, esse não é o único preço do negócio. Violência - Todos os anos são registrados casos desproporcionais de violências na área onde acontece esse tipo de carnaval. No apoio logístico a Polícia Militar vai montar uma estrutura como um QG e uma prisão temporária para conter os ânimos de foliões brigões, juntamente com a equipe de saúde da Semusp - Todas são equipadas com rádio de comunicação para o caso de uma remoção mais grave. Todos esses servidores, recebem o salário normal acrescido de hora-extra paga pela Prefeitura Municipal de Porto Velho. Caberá a Policia Rodoviária Federal conforme o termo de ajustamento de conduta, nos dia 13,14, 15 e 16, a interdição do trânsito para as vias de acesso alternativas. Para tanto, serão disponibilizados 06 seis Policiais Rodoviários Federais e duas viaturas todos os dias. O Custo do carnaval - Quanto custa bancar um carnaval dessa magnitude, entre policiais militares, civis, rodoviários federais, médicos, enfermeiros, viaturas, gasolina, hora-extra, medicamentos, refeições e pessoal de apoio?. Comerciantes - A maioria dos empresários é contra esse tipo de evento porque entende que além da boa retirada de parte da economia do lugar que acaba migrando para a Bahia, a violência anterior ao carnaval é muito grande, onde os marginais assaltam e furtam para poder comprar um "abadá". Mas, para eles, o pior fica para depois, quando o comércio passa por um período de "ressaca carnavalesca" e fica pelo menos 3 meses sem vender nada, porque os pais gastaram o dinheiro com seus filhos no evento. Ora, um pai de família que tem pelo menos 3 filhos, vai gastar cerca de R$ 1.200 reais só com a indumentária exigida. Ação Popular - Membros da sociedade organizada de Rondônia vão entrar na Justiça com uma ação popular cobrando do Estado o ressarcimento para os cofres públicos dos dinheiros gastos em eventos de particulares. Esses cidadãos entendem que o estado está colaborando para o "enriquecimento ilícito de terceiros" com a utilização da máquina governamental que pertence ao povo. Se depender da polícia Rodoviária Federal, Ministério Público e sociedade organizada, o carnaval vai virar "fumaça".