São Paulo, 27 de junho - O samba está contagiando a terra do forró. As batidas que tanto empolgam na Marquês de Sapucaí estão sendo aprendidas em Fortaleza por um grupo de 60 pessoas de diferentes idades. Todos os sábados, entre 14 e 16h30, o estilo vem tomando corpo através do Baqueta Clube de Ritmistas, em ensaios que acontecem no Buoni Amici´s Sport Bar. Uma vez por mês um mestre carioca faz um aulão para ensinar novas cadências para os diferentes instrumentos de percussão que compõe a ala da bateria de uma escola de samba. Os alunos estão cada vez mais empolgados e já começam a levar o estilo para escolas e grupos de música dos bairros. É o caso de Diego Oliveira, de 18 anos. Aluno da Escola Municipal Professor Luís Costa, no bairro Luciano Cavalcante, ele começou a tocar baixo aos 11 anos, na fanfarra da escola, onde agora é coordenador. O que faz com que Diego continue no grupo Baqueta Clube de Ritmistas é que os alunos de escolas públicas são isentos da taxa de R$ 20,00 mensais paga pelos demais participantes. "Nosso objetivo com os ensaios é formar uma turma de instrutores em samba", diz Carlos Henrique Benevides, idealizador do grupo. "Fortaleza não tem tradição no samba, mas eu quis trazer as batidas cariocas para cá. Já participo da bateria de escolas do Rio de Janeiro, como a Mocidade . O que quero é incrementar nosso pré-carnaval". Carlos Henrique já tem convite para levar o samba para escolas públicas, mas como tem um emprego durante a semana, a saída que encontrou foi formar uma equipe de músicos que pudesse realizar as oficinas.