•       domingo, 24 de novembro de 2024
13/07/2007

Martinho da Vila não perde hábito de regressar

São Paulo, 13 de julho - "Começo a sentir falta de Portugal quando demoro muito a regressar". A declaração de Martinho da Vila, sambista maior de Vila Isabel (Rio de Janeiro), explica os espectáculos cíclicos que apresenta em palcos nacionais. Hoje, no Coliseu de Lisboa (bilhetes entre 10 e 35 euros), e depois de amanhã no Coliseu do Porto (10 a 27,5 euros), o artista propõe uma "viagem" pelo seu mais recente álbum, "Martinho da Vila, do Brasil e do mundo". "Este disco é um seguimento de um projeto que começou com 'Lusofonia', onde coloquei músicas dos países africanos de expressão portuguesa, que depois passou por "Conexões", um disco ligado à influência da França no Brasil e que, também, deu origem a 'Brasilatinidade', com músicas dos países que língua de origem latina". Contudo, o artista tem consciência de que "Martinho da Vila, do Brasil e do mundo" foi um álbum "muito mais complicado de se fazer, porque foi gravado em vários lugares. Mesmo no Brasil, umas coisas foram gravadas no Rio, outras na Bahia, e até em Minas. 'Marcha de São Vicente' foi mesmo gravada em Portugal". Para o disco, o artista contou com parceiros como Margareth Menezes, Eliana Pittman, Negra Li, Madeleine Peyroux e Cidade Negra. Todavia, mais do que um espírito cosmopolita, sobressai neste 38º trabalho a vontade latente de Martinho "assumir novos desafios". Nesse sentido, "o que resume melhor este disco é um Brasil que tem tudo, desde o carismático samba até ao reggae de 'Nossos contrastes'".